Sofri decepções com pessoas a quem eu considerava amigos verdadeiros, mas nem os conhecia mesmo. Só eu fazia a minha parte na amizade, eles não retribuiam, deixando claro que a amizade não existia, era algo que só eu queria.
Sofri por me apaixonar por rapazes que saiam do computador e continuavam vivendo suas vidas, paquerando moças, e só me viam como “a garota legal com quem teclo quando estou só.”
Cheguei a ver meu MSN ser invadido diante dos meus olhos, sem poder fazer nada para deter.
Um dia finalmente entendi que ter uma lista de quinhentos (500) amigos no Orkut não quer dizer nada. Quantos entre esses quinhentos (500) amigos realmente o são?
Então compreendi porque eu me sentia tão infeliz, e sentia que minha vida era tão improdutiva. Eu a fazia ser daquela forma. Se eu quisesse ter uma vida diferente, precisava fazê-la diferente.
Eu estava deixando de viver as outras coisas da vida, essenciais para que eu tivesse o sucesso e o equilíbrio que eu desejava, tentando extrair da internet aquilo para o qual ela não foi programada para oferecer.
Hoje a internet representa para mim um campo de trabalho e divulgação, onde faço evangelismo e motivo pessoas através de sites e mensagens enviadas por listas de e-mail; além de uma grande ferramenta de pesquisa e informação, como já era no começo. Aqui tive acesso a escritores e poetas que antes eu não conhecia, e ler suas obras foi muito importante para mim. Tive acesso a conteúdo para trabalhos escolares, cursos à distância, e todo tipo de informação que eu precisasse com urgência, de receitas à curiosidades gerais. Espero dela e extraio dela exatamente o que ela pode me dar, é um complemento em minha vida, e não o todo.
Todas as pessoas que passam tempo demais no pc, passam pelo mesmo motivo? Eu não sei. Acho que alguns tem seus próprios motivos.
Temos que considerar também aquele período de empolgação, quando estreamos no computador, na internet, queremos conhecer tudo, as horas parecem minutos com tanto para se ver; isso independe de idade, e com o tempo o conceito que temos sobre internet vai amadurecendo.
Mas nos vale a reflexão de que não podemos nos colocar nas mãos de outra pessoa, ou de outra coisa, a responsabilidade de fazer por nós, em nossas vidas, o que só nós podemos fazer, o que só nós podemos concertar; achando vai acontecer dessa forma, sem termos que fazer nada.
Os problemas existentes no dia-a-dia não vão desaparecer sozinhos. A internet não pode resolvê-los por nós. Podemos fazê-la uma aliada do nosso sucesso, ou uma inimiga. Aliada se a usarmos para nos instruir a respeito do que temos que enfrentar, para estarmos preparados, sermos fortes, persistirmos até conseguir. Inimiga se a usarmos para nos distrair e atrapalhar.
Pessoas estão por trás dos computadores. Pessoas fazem a internet.
Fonte: http://www.portaldosevangelicos.com.br/?p=248 Faça uma visita!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada por deixar o seu comentário!